Angelo Chiuchiù – Gaia Chiuchiù – Giuseppe Pace Asciak – Marion Pace Asciak
Italiano in, volumi I, II, III
Qual é o melhor método de ensino de língua estrangeira? Certamente não se escolhe um método só por estar na moda. Mesmo porque as modas passam e os métodos idem. As metodologias que antes eram tidas como o “dernier cri”, avançadas e fantásticas, depois de algum tempo passam a antiquadas e obsoletas. Em poucas palavras: o melhor método não é o da moda; o melhor método é o que funciona!
“Funcionar”, em termos de ensino de língua estrangeira, significa ser capaz de “sviluppare negli allievi una vera competenza comunicativa, nel senso di ‘capacità di riconoscere e produrre messaggi non soltanto grammaticalmente corretti ma anche personalmente motivati ed appropriati al contesto di situazione’.” (COLOSIMO, 1974, p. 6)
Esse é o objetivo final, essa é a capacidade que se visa atingir. Quanto ao meio para chegar lá, fica em aberto: é um problema a solucionar, e cada manual tem sua proposta. Muitos manuais confundem objetivo e meio, ao apresentarem os problemas linguísticos empilhados, de forma desorganizada, com a suposição inadequada de que para aprender a língua bastaria expor o aluno a modelos comunicativos e forçá-los à produção, sem sistematização do conhecimento. Nesse contexto, o aluno não raro se mostra perdido, com produção muitas vezes agramatical e até incompreensível, revelando uma interlíngua bastante distante da considerada adequada à comunicação.
Não é produtivo confundir meio e fim. Aprender uma língua estrangeira é uma atividade altamente complexa, que implica uma habilidade necessariamente construída passo a passo. Assim como não se ensina a nadar arremessando o aprendiz no meio da piscina, nem se ensina a dirigir colocando o neófito no meio do rush, também não se ensina uma língua jogando em cima do aluno toda a complexidade envolvida na comunicação real. Alguns chegam a incluir nas gravações até barulhos superpostos às falas, ou sons tão baixos que prejudicam a própria discriminação auditiva! É claro que é desejável que, um dia, o estudante seja capaz de compreender e usar a língua em situações variadas e até adversas. Mas também é claro que não se pode começar daí. A competência em língua estrangeira é necessariamente desenvolvida aos poucos, e os novos conhecimentos precisam ser treinados e sedimentados em base segura. Um método que funciona observa princípios de gradação, de seleção, de atenção à gramaticalidade, e leva o aluno ao domínio do que aprendeu com segurança.
Assim é o livro Italiano in. Construído com base em conhecimentos aprofundados de linguística e didática, consegue levar o aluno ao desenvolvimento da habilidade comunicativa, que vai sendo construída gradualmente e de forma segura. Essa não é uma simples afirmação gratuita, mas fruto da utilização desse manual durante dois anos em cursos de graduação na UFMG. Depois da testagem empírica do primeiro volume em várias turmas é possível afirmar que o material realmente funciona. Tanto que uma aluna, depois do período de um ano e meio de estudo, se candidatou a um exame de proficiência para professor em curso livre e foi aprovada: obteve 100% de correção com relação ao que já tinha visto – ou seja, demonstrou competência e segurança com relação às questões linguísticas a que já tinha sido exposta. Certamente vão aí também as características pessoais e o empenho individual, mas é um exemplo expressivo de onde o manual consegue levar o aluno: à competência comunicativa.
A construção dos capítulos, à primeira vista, parece seguir modelos conhecidos: a apresentação de um diálogo que introduz uma questão gramatical, seguida da exercitação desse aspecto e, por fim, a síntese. Mas o interessante é como isso se dá, como esses passos são trabalhados.
Em primeiro lugar, a característica principal do livro: a liberdade. A própria composição gráfica estimula a liberdade oferecida ao aluno e ao professor. O livro é montado (na sua apresentação original) num classificador, de modo que o professor pode inserir no livro também o seu próprio material individual, e tudo o que propõe como acréscimo à base original proposta pelos autores. Considerando que não se ensina do mesmo modo a um americano e a um brasileiro, já que as dificuldades são muito diferentes, o professor tem a autonomia de adaptar o material impresso ao perfil do aprendiz, à sua L1 e às suas necessidades e interesses específicos.
Da mesma forma, o aluno é incentivado a construir o seu próprio livro, inserindo no classificador as suas anotações e contribuições, bem como fotos, trabalhos e composições – que podem inclusive servir de medida individual para a auto-avaliação quanto ao desenvolvimento da competência comunicativa.
Do ponto de vista psicológico, é um achado: o professor tem a liberdade de interferir e colaborar na montagem do seu próprio material, acrescentando ao livro o que julga útil; e o aluno contribui na personalização do seu próprio livro, igualmente acrescentando anotações e dados relevantes, individualizando o material de forma a torná-lo pessoal e único.
E por falar em fotos, no final do livro há uma seção especial chamada “galleria fotografica”, com imagens finamente escolhidas, capazes de indicar sem ambiguidade um determinado elemento cognitivo, que por sua vez leva a uma específica representação lexical. Segundo um aluno, “il libro Italiano in è molto bello, principalmente la sua galleria fotografica.”Essa coleção de imagens, organizada por campos semânticos, tem como objetivo contribuir para o acréscimo do vocabulário. Pode e deve ser incrementada pelo aluno, sempre dentro do espírito de integrar o estudante na construção do conhecimento.
Na montagem da unidade didática, cada capítulo se inicia com um texto introdutório que não tem nada de banal: não segue os chavões temáticos (do tipo “restaurante”, “hotel”, “uma viagem”, etc) mas, ao contrário, aborda temas originais e interessantes. Cito abaixo alguns depoimentos de alunos, elaborados ao final do primeiro semestre de estudo com o livro Italiano in:
“Il libro Italiano in è ottimo, mi piace questo metodo. Ci sono testi interessanti per la nostra età. Le altre lingue che ho studiato presentano invece testi un po’ infantili.”
“I testi, i CD e gli esercizi aiutano la comprensione del vocabolario e della vita in Italia.”
“I testi aiutano molto a comprendere la struttura della lingua italiana e le parti dove si parla di grammatica rinforzano l’apprendimento.”
Observe-se que os alunos conseguiram expressar seus pensamentos em italiano (com pequenas incorreções) depois de somente um semestre de estudo da língua! E esses são somente pequenos trechos pinçados de exposições bem mais longas.
No livro,além do texto introdutório, que apresenta um aspecto gramatical que será focalizado naquela unidade didática, há vários outros textos apresentados ao longo de cada capítulo. Neles são exemplificados gêneros textuais variados, de diferentes níveis diafásicos, incluindo e-mail, comunicação formal, bilhete, propaganda, etc. No final de cada capítulo é sempre apresentado um texto descritivo para a leitura, versado em linguagem padrão escrita. Trata-se de uma leitura difícil, mas a escolha é feita de propósito: a intenção é mostrar ao aluno que ele é capaz de ler e ter uma compreensão global, sozinho, sem a ajuda do professor, e mesmo sem saber o significado de todas as palavras. O objetivo é forçar o aluno a ir adiante, construindo hipóteses e expectativas, sem bloquear a leitura diante de dificuldades lexicais, que provavelmente enfrentará muitas vezes até possuir um maior domínio da língua italiana. Segundo a opinião de uma aluna (de nível 2!), “nel libro Italiano in ci sono anche testi complessi che non limitano lo sviluppo degli studenti e fanno anche aumentare il loro vocabolario”.
A aluna percebeu um aspecto importante dos textos: a ênfase dada ao vocabulário. E não se trata de um vocabulário qualquer, escolhido ao acaso, a partir de mera intuição: a seleção é controlada a partir de métodos científicos, que são as listas de frequência lexicológica. Ou seja: o léxico é selecionado com critério, e com o objetivo de ensinar o que é útil, dada a frequência de ocorrência do item na língua. O vocabulário apresentado é então de uso comum, moderno e de emprego cotidiano. Com isso os textos também ganham um estilo fluente, reproduzindo um modelo de língua usual e contemporâneo. Além do rigor na seleção lexical, é dada ao vocabulário uma ênfase especial: o léxico é focalizado e expandido bem além do usual. Para se ter uma ideia, só no primeiro volume (que inclui 7 capítulos, correspondendo aos níveis iniciais A1 e A2) o aluno tem contato com mais de 3.000 itens, sem contar o grande número de colocações, expressões fixas e idiomáticas.
Outro aspecto original e elogiável é a clareza na exposição gramatical. Nada de termos técnicos, nada de palavreado complicado, nada de explicações contorcidas. Em vez disso, quadros esquemáticos. Além da apresentação clean,o estímulo visual favorece a memorização da estrutura, que é apresentada de forma lógica e simples. Novamente revelo os dois lados da medalha: não só o ponto de vista do professor, mas reporto também a impressão dos alunos, sujeitos do processo de aprendizagem:
“Italiano in mi piace moltissimo per diverse ragioni: nel libro ci sono schemi grammaticali veramente organizzati e pratici, facili da consultare e utili allo studio.”
Os exercícios que se seguem evidenciam a estrutura focalizada. Qualquer habilidade depende de treinamento e prática, e a exercitação é essencial para a assimilação. Italiano in inclui uma série de atividades de treinamento e exercitação, onde os fenômenos são trabalhados individualmente e objetivamente. Colosimo (1974) reconhece que para atingir a competência comunicativa não se pode “rinunciare all’insegnamento delle regolarità linguistiche secondo un processo controllato”, e acentua que os exercícios de transformação são indispensáveis – nas suas palavras, “pur sempre necessari”.
Em Italiano in são exercitadas todas as habilidades linguísticas de base. A compreensão auditiva, bem como a percepção e produção fonética, são treinadas através de CDs; a produção oral é praticada na exploração dos textos e em todas as demais atividades em classe, sempre desenvolvidas oralmente; a produção escrita é exercitada a partir de composições guiadas, a serem construídas a partir de um modelo; e a compreensão escrita é desenvolvida sobretudo nos textos descritivos no final de cada capítulo, que além de treinarem a leitura também exploram o aspecto cultural, ao apresentarem sempre um aspecto da vida na Itália.
Todos esses são aspectos relevantes a serem considerados, mas dois deles são mais importantes do que qualquer outro. O primeiro, já anunciei de início: o livro Italiano in, depois de testado na prática, provou que funciona. Realmente consegue levar os alunos a um bom desempenho linguístico para o tempo de exposição à língua. O segundo aspecto é o mais importante de todos: o livro consegue motivar os alunos. Sem motivação, nada funciona. E com motivação, aprender se torna um prazer, uma alegria, que promove a paixão pela língua e pelas coisas da Itália. Como declarou um aluno (antes de aprender o condicional…),
“Tutti i corsi di lingua straniera devono essere così.”
Lúcia Fulgêncio, Universidade Federal de Minas Gerais
Referências bibliográficas
CHIUCHIÙ, Angelo; CHIUCHIÙ, Gaia. Italiano in, vol. 1, 2 e 3. Perugia: Guerra Edizioni, 2008, 2009 e 2011.
COLOSIMO, Wanda d’Addio. Lingua straniera e comunicazione – Problemi di glottodidattica. Bologna: Zanichelli, 1974
Qual è il metodo migliore per l’insegnamento di una lingua straniera? Certamente non si sceglie un metodo solo perché è di moda. Anche perché le mode passano, e così anche i metodi. Le metodologie che prima erano ritenute come il “dernier cri”, avanzate e fantastiche, dopo qualche tempo divengono antiquate e obsolete. In poche parole: il metodo migliore non è quello alla moda; il metodo migliore è quello che funziona!
“Funzionare”, per quanto riguarda l’insegnamento di una lingua straniera, significa essere capace di “sviluppare negli allievi una vera competenza comunicativa, nel senso di ‘capacità di riconoscere e produrre messaggi non soltanto grammaticalmente corretti ma anche personalmente motivati ed appropriati al contesto di situazione’.” (COLOSIMO, 1974, p. 6)
Questo è lo scopo finale, la capacità che si vuole acquisire. Riguardo al mezzo per arrivarci, esso resta in sospeso: è un problema da risolvere, ed ogni manuale ha la sua proposta. Molti manuali confondono scopo e mezzo e presentano i problemi linguistici accatastati, in un modo disorganizzato, con l’ipotesi inadeguata secondo la quale per imparare la lingua basterebbe esporre l’allievo a dei modelli comunicativi e forzarli a produrre, senza una sistematizzazione delle conoscenze. In un simile contesto, l’allievo non di rado si trova smarrito, generando una produzione spesso agrammaticale e persino incomprensibile, e rivelando un’interlingua abbastanza distante da quella considerata appropriata per la comunicazione.
Non è produttivo confondere il mezzo con il fine. Imparare una lingua straniera è un’attività altamente complessa, che implica un’abilità costruita necessariamente un passo dopo l’altro. Così come non s’insegna a nuotare lanciando l’allievo in mezzo alla piscina né s’insegna a guidare mettendo il principiante in mezzo al traffico dell’ora di punta, non s’insegna neanche una lingua gettando addosso all’allievo tutta la complessità associata alla comunicazione reale. Certuni arrivano persino ad includere nelle registrazioni dei rumori sovrapposti ai dialoghi, oppure un suono ad un volume così basso da ostacolare addirittura la discriminazione auditiva! È chiaro che è auspicabile che un giorno lo studente sia capace di comprendere e usare la lingua in situazioni diverse e persino avverse. Ma è chiaro anche che non si può cominciare da lì. La competenza in una lingua straniera si sviluppa necessariamente in modo graduale. Le nuove conoscenze richiedono un processo di allenamento e si devono sedimentare su di una base sicura. Un metodo che funziona osserva dei principi di gradazione, di selezione, di attenzione alla grammaticalità, e porta l’allievo a dominare ciò che ha imparato con sicurezza.
Così è il libro Italiano in. Costruito in base a delle conoscenze approfondite di linguistica e didattica, esso riesce a portare l’allievo a sviluppare l’abilità comunicativa, che viene costruita gradualmente e in modo sicuro. Non si tratta di una semplice affermazione gratuita, ma del risultato dell’utilizzazione del manuale durante due anni in corsi di laurea all’Università Federale di Minas Gerais, in Brasile. Dopo il collaudo empirico del primo volume in diverse classi, si può affermare che il materiale in effetti funziona. Tanto che un’allieva, dopo il periodo di un anno e mezzo di studio, si è candidata a un esame di competenza per diventare insegnante in un corso libero e l’ha superato: ha ottenuto il 100% di correttezza rispetto a quello che aveva già visto – cioè, ha dimostrato di avere competenza e sicurezza riguardo alle questioni linguistiche alle quali era già stata esposta. Certamente contano anche le caratteristiche personali e l’impegno individuale, ma si tratta di un esempio espressivo del risultato che il manuale riesce a procurare all’allievo: la competenza comunicativa.
A prima vista, la costruzione dei capitoli sembra seguire dei modelli già noti: la presentazione di un dialogo che introduce una questione grammaticale, seguita da un’esercitazione di tale questione, e infine la sintesi. Ma ciò che è interessante è il modo in cui questo avviene, il modo in cui questi passi vengono lavorati.
Prima di tutto, la caratteristica principale del libro: la libertà. Già la sua composizione grafica stimola la libertà offerta all’allievo e all’insegnante. Il libro è montato (nella sua presentazione originale) in un raccoglitore, quindi l’insegnante può inserire nel libro anche il proprio materiale individuale, e tutto ciò che vorrà proporre come aggiunta alla base originale proposta dagli autori. Tenendo conto del fatto che non s’insegna nello stesso modo a un americano e a un brasiliano, visto che le difficoltà che devono affrontare sono molto diverse, l’insegnante ha l’autonomia per adattare il materiale stampato al profilo del discente, alla sua L1 e alle sue necessità e interessi specifici.
In modo analogo, l’allievo è stimolato a costruire il proprio libro, inserendo nel raccoglitore le proprie annotazioni e contributi, così come foto, saggi e componimenti – che possono peraltro servire da misura individuale per l’autovalutazione rispetto allo sviluppo della competenza comunicativa.
Dal punto di vista psicologico, si tratta di una trovata geniale: l’insegnante ha la libertà di interferire e collaborare nel montaggio del proprio materiale, aggiungendo al libro ciò che considera utile; e l’allievo contribuisce alla personalizzazione del proprio libro, aggiungendo anche lui appunti e dati rilevanti, individualizzando così il materiale in modo da renderlo personale e unico.
E a proposito di foto, alla fine del libro c’è una sezione speciale intitolata “galleria fotografica”, con immagini scelte con finezza, capaci di indicare senza ambiguità un determinato elemento cognitivo, il quale a sua volta porta a una rappresentazione lessicale specifica. Secondo un allievo, “il libro Italiano in è molto bello, principalmente la sua galleria fotografica.”Questa collezione di immagini, organizzata per campi semantici, ha lo scopo di contribuire all’espansione del vocabolario. Essa può e deve essere incrementata dall’allievo, sempre nello spirito di integrare lo studente nella costruzione della conoscenza.
Nel montaggio dell’unità didattica, ogni capitolo inizia con un testo introduttivo che non ha niente di banale: non segue i cliché tematici (del tipo “ristorante”, “albergo”, “un viaggio”, ecc.), ma anzi affronta dei temi originali e interessanti. Ecco alcune testimonianze di allievi, raccolte alla fine del primo semestre di studio col libro Italiano in:
“Il libro Italiano in è ottimo, mi piace questo metodo.Ci sono testi interessanti per la nostra età.Le altre lingue che ho studiato presentano invece testi un po’ infantili.”
“I testi, i CD e gli esercizi aiutano la comprensione del vocabolario e della vita in Italia.”
“I testi aiutano molto a comprendere la struttura della lingua italiana e le parti dove si parla di grammatica rinforzano l’apprendimento.”
È da osservare il fatto che gli allievi sono riusciti a esprimere i loro pensieri in italiano (con con qualche piccola correzione) dopo soltanto un semestre di studio della lingua! E queste sono soltanto delle citazioni estratte da esposizioni ben più lunghe.
Nel libro, oltre al testo introduttivo che presenta un aspetto grammaticale che sarà oggetto dell’unità didattica in questione, ci sono diversi altri testi presentati attraverso ogni capitolo. In essi vengono esemplificati svariati generi testuali di diversi livelli diafasici, compresi la posta elettronica, la comunicazione formale, i biglietti, la pubblicità, ecc. Alla fine di ogni capitolo viene sempre presentato un testo descrittivo per la lettura, redatto nel linguaggio scritto standard. Si tratta di una lettura difficile, ma questa è una scelta deliberata: l’intenzione è di mostrare all’allievo che lui è capace di leggere e di ricavare una comprensione globale, da solo, senza l’aiuto dell’insegnante, e anche senza sapere il significato di tutte le parole. Lo scopo è di forzare l’allievo ad andare avanti, tramite la costruzione di ipotesi e aspettative, senza che la lettura venga bloccata davanti a delle difficoltà lessicali, che probabilmente dovrà affrontare molte volte fino a raggiungere un dominio più completo della lingua italiana. Secondo l’opinione di un’allieva (di livello 2!), “nel libro Italiano in ci sono anche testi complessi che non limitano lo sviluppo degli studenti e fanno anche aumentare il loro vocabolario”.
L’allieva in questione ha notato un aspetto importante dei testi: l’attenzione rivolta al vocabolario. E non si tratta di un vocabolario qualsiasi, scelto a caso, a partire dalla mera intuizione: la selezione viene controllata in base a dei metodi scientifici: le liste di frequenza lessicologica. Cioè: il lessico è selezionato con criterio, e con lo scopo di insegnare ciò che è utile, in base alla frequenza di occorrenza dell’elemento in questione nella lingua. Il vocabolario presentato è dunque di uso comune, moderno e d’impiego quotidiano. In questo modo i testi acquistano uno stile fluente, riproducendo un modello di lingua usuale e contemporaneo. Oltre al rigore nella selezione lessicale, al vocabolario viene dedicata un’attenzione speciale: il lessico viene focalizzato ed ampliato ben al di là del solito. Per dare un’idea, soltanto nel primo volume (che comprende 7 capitoli, corrispondenti ai livelli iniziali A1 e A2) l’allievo entra in contatto con oltre 3.000 elementi lessicali, e ciò senza contare il grande numero di collocazioni e locuzioni polirematiche e idiomatiche.
Un altro aspetto originale e lodevole è la chiarezza dell’esposizione grammaticale. Niente termini tecnici, niente paroloni complicati, niente spiegazioni contorte. Invece di questo, dei quadri schematici. Oltre alla presentazione clean, lo stimolo visivo favorisce la memorizzazione della struttura, che viene presentata in modo logico e semplice. Rivelerò di nuovo le due facce della medaglia: non solo il punto di vista dell’insegnante, ma anche l’impressione degli allievi, che sono i soggetti del processo di apprendimento:
“Italiano in mi piace moltissimo per diverse ragioni:nel libro ci sono schemi grammaticali veramente organizzati e pratici, facili da consultare e utili allo studio.”
Gli esercizi che seguono mettono in evidenza la struttura in esame. Qualsiasi abilità richiede allenamento e pratica, e l’esercitazione è essenziale per l’assimilazione. Italiano in include una serie di attività di allenamento ed esercitazione, in cui i fenomeni vengono lavorati individualmente e obiettivamente. Colosimo (1974) riconosce che per raggiungere la competenza comunicativa non si può “rinunciare all’insegnamento delle regolarità linguistiche secondo un processo controllato”, e sottolinea che gli esercizi di trasformazione sono indispensabili, o, con parole sue, “pur sempre necessari”.
In Italiano in vengono esercitate tutte le abilità linguistiche di base. La comprensione auditiva, così come la percezione e la produzione fonetica, viene esercitata con dei CD; la produzione orale viene praticata nell’esplorazione dei testi e in tutte le altre attività in classe, da svolgere sempre oralmente; la produzione scritta viene esercitata per mezzo di componimenti guidati, da costruire in base a un modello; e la comprensione scritta viene sviluppata soprattutto nei testi descrittivi alla fine di ogni capitolo, i quali, oltre a servire da allenamento per la lettura, esplorano anche la prospettiva culturale, presentando sempre qualche aspetto della vita in Italia.
Tutti questi sono elementi rilevanti da considerare, ma fra di loro ce ne sono due più importanti di tutti gli altri. Il primo l’ho già annunciato all’inizio: il libro Italiano in, dopo di essere stato collaudato nella pratica, ha dimostrato di funzionare. Esso infatti riesce a procurare agli allievi una buona performance linguistica per il tempo di esposizione alla lingua. Il secondo aspetto è il più importante di tutti: il libro riesce a motivare gli allievi. Senza motivazione, niente funziona. E con la motivazione, imparare diventa un piacere, una gioia che promuove la passione per la lingua e per le cose d’Italia. Come ha affermato un allievo (prima di imparare il condizionale…),
“Tutti i corsi di lingua straniera devono essere così.”
Lúcia Fulgêncio, Universidade Federal de Minas Gerais
Riferimenti bibliografici
CHIUCHIÙ, Angelo; CHIUCHIÙ, Gaia. Italiano in, voll. 1, 2 e 3. Perugia: Guerra Edizioni, 2008, 2009 e 2011.
COLOSIMO, Wanda d’Addio. Lingua straniera e comunicazione – Problemi di glottodidattica.Bologna:Zanichelli, 1974.